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Para visitar as Fisgas

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 19.02.17

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 Ser reconhecido é uma virtude a promover e alimentar, pois nos foi concedida para pôr em pratica. E neste blog com o titulo Vilar de Ferreiros é como que obrigatório fazer referência a um amigo que nos deixou vitima de doença que não perdoa.

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 Foi o José Vargas, um excelente profissional de artes gráficas que, no ano 2000, graciosamente fez a maquetização, montagem e fotografia da monografia “Vilar de Ferreiros – na história, no espaço e na etnografia”. Presente no meu sentir, lá me fui despedir do amigo que, no dia 16 de Fevereiro, em São Pedro de Caneças (Odivelas) entregou o corpo à terra e, um dia antes, a alma ao Criador.

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  Mais velho, passei à aposentação, e lá deixei os mais novos na labuta até que chegasse a vez deles. E se por natureza não tenho o habito de voltar ao local que já repisei, no caso da ESSM tive na amizade do Zé Vargas um íman a manter-me sempre ligado a esse meu ex-local de trabalho, onde criei e convivi com inúmeros amigos, militares e civis. Em post de 22 de Junho de 2012 divulguei este meu arrazoado:“Ontem foi um dia em cheio. Com aniversário em casa, mesmo assim fui almoçar com um grupo de amigos à ESSM, deixando para outra hora a festa familiar. Tenho uma santa mulher que não sendo transmontana, cultiva a mesma generosidade – e a paciência ! - das que são de lá. Um telefonema que recebi de um amigo apanhou-me ontem de surpresa, a convidar para um almoço, e eu, sem reflectir, imediatamente disse que sim. Quando me lembrei dos anos que tinha em casa é que dei pela precipitação. Mas aprendi, de São Josemaria Escriva, que palavra dada não deve voltar atrás. Tudo correu bem! A pena que tive foi não poder dar o meu abraço a todos os meus ex-companheiros de trabalho com quem convivi muitos anos. Mas como bons companheiros que foram e são, estou desculpado. Fica o almoço-convívio com o Major Godinho, o Zé Vargas, o Dário e o Jorge que nunca esquecem o velho companheiro das tesouras, da magia, e das letras. Pena também foi não tirar uma foto para registo do convívio. Fica para uma próxima ocasião”. Curiosamente já nenhum destes quatro amigos trabalha ali. O Zé, deixou-nos agora; o ten-coronel Godinho, passou à reserva; o Jorge Silva, como eu, foi também aposentado, e o Dário, transferido para outra unidade. Já poucos, da velha guarda, são hoje aqueles que foram os primeiros a dar vida à Escola Superior de Enfermagem Militar.

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Os amigos não se compram, fazem-se ou ganham-se com a amizade sincera e o respeito pela liberdade individual de cada um. O Zé Vargas era um desses amigos com quem sempre me dei bem. E para lhe proporcionar um passeio ao concelho de Mondim de Basto tive de o convencer que era um favor que me fazia se me acompanhasse, porque precisava de lá ir nesse fim de semana e tinha o meu carro avariado. Lá fomos e ficamos hospedados na Pensão do Sr. Carvalho. Ao outro dia fomos visitar o saudoso Padre Guedes. Almoçamos na Residência Paroquial de Vilar de Ferreiros e de tarde demos um passeio pelos diversos lugares da freguesia, subindo à Senhora da Graça e pelas Covas até São José do Fojo, para visitar as Fisgas.

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publicado às 12:06


Fica a saudade, a boa fama e a obra que deixou.

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 19.12.16

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 N. 15/01/1919 – F. 02/12/2016

Em 15 de Janeiro de 2007 escrevi eu neste blog : “ Fez há pouco mais de 2 horas, 88 anos que nasceu, no lugar da Misericórdia, freguesia de Ermelo, o mais notável mondinense de sempre e que Vila Real acolhe como dilecto filho adoptivo, desde 1931: Monsenhor Ângelo do Carmo Minhava “. Foi ordenado sacerdote a 19/12/1942, 23 anos depois do seu nascimento, a 15 de Janeiro de 1919. Os seus dotes artísticos e culturais fora do comum cedo se revelaram e despertaram o apreço e admiração do saudoso Bispo D. António Valente da Fonseca que o convidou para leccionar no Seminário: Latim, Literatura, Francês e Musica. Como musicólogo de nomeada dirigiu o Orfeão do Seminário, do Liceu, da Escola Técnica e do Instituto Politécnico de Vila Real. Notável poliglota os seus artigos de Critica Literária e Musical ficam dispersos por diversas revistas e jornais, o mesmo acontecendo em relação a trabalhos sobre Linguística e Filosofia. Na condição de autodidacta, tornou-se estudioso da Língua Alemã e Russa, tendo feito a tradução de algumas obras. Também como escritor destaco a “Cabrilada” que mereceu de Teixeira de Pascoais rasgado louvor.Musicou letras de muitos poetas e poetisas de todo o País, incluindo Madeira e Açores. Autor da Música de várias Marchas, recordo a de Vila Real, a de Mondim de Basto, a de Montalegre, a de Mesão Frio, a de Cerva e a de Santa Marta de Penaguião.

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Deste saudoso amigo que tive a honra de merecer dele um comentário na Voz de Trás os Montes, ao meu livro: ” Vilar de Ferreiros- Na história, No espaço e na etnografia”, resta-me honrar a sua memória e por intercessão de Nossa Senhora da Graça pedir a Deus que lhe dê o merecido lugar no céu. Com o seu desaparecimento ficou Portugal e os transmontanos mais empobrecidos. Fica a saudade, a boa fama e a obra que deixou.

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publicado às 17:59


DA ROMARIA DE S. TIAGO À VOLTA

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 19.07.16

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Vamos ter festa grande no Monte Farinha, a chamada Romaria ao "Santinho" é ali, no cimo do mais sedutor miradouro do Norte de Portugal. Ocorre no respectivo dia, 25 de Julho, e chama aquele famoso miradouro milhares de devotos de Nossa Senhora da Graça e de S. Tiago que partilha do mesmo santuário. Do programa desse dia, dia dos Romeiros, destacamos a alvorada, às 07h00; depois, às 08h00, inicio das Confissões; às 09 e ás 09h30 folclore; para às 10h15, no Lg. de São Tiago ter inicio a procissão, com recitação do terço, em Ano da Misericórdia. Preside o pároco da freguesia, padre João Paulo. Já no ultimo domingo do mês, dia 31, volta o Monte Farinha a ser noticia, agora graças à Volta a Portugal em Bicicleta, que não considero seja, dado ser feita aos saltinhos, de terra para terra. Era melhor chamar-lhe de Volta aos retalhos....Mas deixo aqui um convite aos meus leitores: se querem conhecer a terra onde nasci, e tenho muito orgulho nisso, aproveitem o ultimo domingo deste mês Julho. Fiquem por lá desde o São Tiago até então, e visitem as Fisgas, tomem banho, no Tâmega, e em Vilar de Ferreiros, além do Santuário de NS da Graça, têm na sede da freguesia a igreja paroquial, no adro o brasonado cruzeiro e a dois passos a capela de São Sebastião, com miradouro sobre a Ribeira Velha. Da volta li e transcrevo: "A etapa da Srª da Graça é sempre um dia especial e, desta vez, coincide com o domingo do último dia de julho. Bragança dará a partida desta4ª etapa que vai levar a 78ª Volta a Portugal Santander Totta até à sempre aguardada subida ao alto da Srª da Graça, em Mondim de Basto. Serão percorridos quase 192 KM com muita e difícil montanha sobretudo na segunda metade da tirada".

 

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publicado às 16:32


Sobre falsos alicerces.

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 11.07.15
 

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Na recente visita que fiz a Ávila, para em peregrinação partilhar das celebrações do V Centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus (1515-2015), além do sentimento que animou a minha deslocação em ano jubilar, acresce a satisfação de saber que à biografia de Santa Teresa, também Nossa Senhora da Graça lhe anda associada. A morte de sua mãe quando ela tinha apenas 14 anos causou-lhe uma profunda tristeza, o que levou o pai a interna-la num colégio de freiras agostinhas em Ávila, o Convento de Nossa Senhora da Graça. Conta ela: “Quando me dei conta da perda que sofrera, comecei a entristecer-me. Então, dirigi-me a uma imagem de Nossa Senhora e supliquei com muitas lágrimas que me tomasse como sua filha". “1531 - Teresa entra como aluna interna na convento de Nossa Senhora da Graça”. Esteve ali só cerca de ano e meio. Faltava-me fazer alusão a este pormenor que não fiz, de ter ido descobrir a Ávila que também Santa Teresa de Jesus foi devota do culto graciano.

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Passava a oportunidade, se entretanto não deparasse com um arrolamento creio que da responsabilidade da Junta de Freguesia de São Cristóvão de Mondim de Basto, onde nesse apanhado faz um esboço histórico muito interessante sob titulo “Monte Farinha ou de Nossa Senhora da Graça” que peca pela pouca profundeza com que analisa e expõe matéria de interesse histórico e cultural, como é o caso de “nas Inquirições de 1220 já constar citadas duas capelinhas no Farinha”, uma no cimo, a São Veríssimo”, e outra nas proximidades da Fonte da Costa, a Santo Apolinário. Que grande trapalhada! Santo Apolinário se teve a sua capelinha foi nas proximidades da Pedra Alta, onde perto ainda hoje existe essa tradição e a Fonte de Santo Apolinário.

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Também não é correcto designar a Pedra Alta por menhir, que não é, quando muito pode, isso sim, incluir-se no rol do “culto das pedras”, como aventou D. Domingos Pinho Brandão. O mesmo em relação à lenda do “Corujeiro” que não anda associada à Pedra Alta mas a um dos cerros vizinhos da Pedra que Fala. E no que se refere às alegorias consagradas aos devotos de Nossa Senhora da Graça e de São Tiago, recordo aquela quadra popular que no inicio da década de 60 pôs Vilar de Ferreiros e Mondim, em verdadeiro pé de guerra: “ Fui à Senhora da Graça/Fui encontra-La a chorar/Eram os ladrões de Mondim/ Que nos a queriam roubar”, claro que este roubar não tem o sentido que os dicionários lhe dão. É bom recordar o passado e assim fazer história, história aqui realçada e que encerro com uma quadra recolhida do texto em apreço, que canta: “Nossa Senhora da Graça/Milagroso São Tiago/Subi o monte e rezei/O que prometi está pago”. Não à promoção das terras sobre falsos alicerces.

 
 

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publicado às 14:49


Fica a eterna saudade

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 24.11.13

Igreja Paroquial de Alvadia - R. de Pena

          Só uns dias após o falecimento do Sr. Padre Fernando José da Costa é que soube da noticia. O respeito que tinha por ele, merecia de mim, uma atempada referência, a titulo de homenagem póstuma. Mas para isso, carecia de alguns dados biográficos, que esperava surgissem da parte de algum dos seus paroquianos ou escribas seus amigos. Por incrível que pareça, nem do seu desenlace vi publicada qualquer noticia. É o que faz morrer em tempo de férias...

         Antes de ser pároco de Mondim de Basto, foi de Mouçós-Vila Real, onde muito estimado, ainda em 2001, foi convidado para fazer o sermão na famosa festa de Nossa Senhora da Pena, como no Espigueiro de 4/9/01, constava: às " 12h00 – Missa Solene (com sermão, pelo Reverendo Padre Fernando José da Costa – ex. Pároco desta Freguesia) e cantada pelo Coro da Banda de Música de Sanguinhedo". Depois de sair da vila de Mondim de Basto, o Padre Fernando foi paroquiar Alvadia, a sua terra natal, onde faleceu a 16 de Setembro de 2011.

Cafe da aldeia de Alvadia

          Em visita que fiz em 9/8/2010 ao planalto do Alvão, registei em blog: "Um dos propósitos que vinha em agenda era almoçar aqui, para isso atempadamente se escolheu o prato e marcou a hora. Outro era cumprimentar um ilustre alvadiense que muito respeitamos, o Sr. Padre Fernando José da Costa, tio dilecto dos proprietários do café-restaurante, onde se almoçou. A saúde do bom sacerdote não lhe permitiu fazer-nos companhia, mas em sua casa recebeu o nosso abraço. Para os donos do Café, D. Maria dos Anjos e Norberto Costa os meus parabéns pela arte de bem receber e servir". Também dias depois dei com o site da Freguesia de Alvadia- Ribeira de Pena, onde no Livro de Visitas deixei este comentário:"Parabéns por tão cuidada página. Visitei Alvadia em Agosto, onde fui cumprimentar o Sr. Padre Fernando. Sou natural de Vilar de Ferreiros, mas vivo em Lisboa.Também alimento...um blog da Sapo: aquimetem. O meu abraço de transmontano de Basto. CP"

 

          Um bom sacerdote, que como tal, procurou servir a Igreja e as almas com muita dedicação, zelo e saber. Também apreciado orador sagrado, nesta condição e noutras do seu ministério muitos bons serviços prestou à  paróquia de Vilar de Ferreiros, para a qual esteve  a ser nomeado, na década 50,  em vez do Sr. Padre Guedes. Mas, Deus escreve direito por linhas tortas, mais tarde, veio para vizinho e foi um bom amigo e colaborador do pároco Correia Guedes (agora emérito).  Uma das ultimas vezes que com ele me encontrei em  Vilar de Ferreiros, foi na Senhora da Graça, em que foi orador na romaria de Santiago. Devia-lhe esta homenagens que deixo aqui, graças a um seu conterrâneo do lugar de Favais, a quem pedi o favor de me saber a data do falecimento que ele, através de uma sobrinha do saudoso sacerdote, conseguiu, e hoje me comunicou . Fica a eterna saudade e singela homenagem.

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publicado às 20:51


amor às nossas origens

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 30.03.10

Igreja Paroquial de São Pedro de Vilar de Ferreiros

          Como é tradição mais uma vez, em Domingo de Ramos, se realizou a festa do Sagrado Coração de Jesus na freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros.  Precedida de uma semana de preparação com "práticas" a cargo  do franciscano Padre Lima, e a meio, na 5ª-feira, dia 25, com uma jornada consagrada ao sacramento de "Reconciliação" em que intervieram todos os sacerdotes do Arciprestado do Baixo-Tâmega, este ano a festa sem o acostumado leilão de oferendas constou de Missa Solene às 11h30 seguida de procissão à volta de Vilar: Igreja, Cima de Vila, Souto, Escorido, Cancela, Borba, Bairro de Além e Igreja. Presidiu o Sr. Padre Lima, enquanto que o pároco, Sr. Padre Correia Guedes foi celebrar ao Bilhó, paróquia que também lhe está confiada.

          Que a tradição festiva se mantenha e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus nunca esmoreça no coração dos meus conterrâneos, em sinal de fé e amor às nossas origens. 

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publicado às 00:44


A Escola do Souto

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 13.09.07

          Para mim, este Governo que temos merece ficar na história deste inicio do Séc.XXI só apenas por um motivo: depois do 25 de Abril foi o único que veio dar razão a Salazar quando dizia que o Socialismo era uma mentira inventada pelos que nada fazem e procuram dominar aqueles que trabalham. E andei eu, e muitos como eu, a pensar mal do "António da Calçada" quando mandava varrer do País para fora toda a porcaria que cheirasse a "droga" ou a " falsas ideologias" e corrupção.  Que lá onde quer que Deus o tenha "hospedado" me perdoe o bom do "ditador" que mandou construir escolas, hospitais, pontes, palácios de justiça, estradas, pousadas, casas florestais etc. por todo o espaço Nacional que agora os socialistas de meia tigela maltratam ou desbaratam sem respeito pelo património publico.

        Ver o caso das casas florestais tanto na freguesia como no concelho que este governo acabou há pouco de passar a patacos. Mas o que deveras nesta visita a Vilar me causou tristeza foi encontrar o edifício onde aprendi as primeiras letras no estado em que está. É vergonhoso, para a terra, autarcas locais e pelouro da cultura mondinense! Ou será que estou a exagerar ?....

  Escola antiga de Vilar de Ferreiros,

em pleno centro da povoação

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publicado às 15:41


O Cón. André Borges

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 15.04.07

   

Um dos brasões das casas armoriadas

 da vila de Mondim de Basto

  

          Desta vez não quero deixar  perder o fio da meada e antes que isso possa vir a suceder eis-me sem demora a pegar numa  deixa do Dr. Eduardo Teixeira Lopes e rebuscar na monografia sobre Mondim tudo o que acerca desse cónego meu conterrânea consta ali registado.

          Assim ao debruçar-se sobre as casas brasonadas da sede de concelho o distinto historiador faz à volta do assunto constar na pág. 302 mais o seguinte: <Outro brazão encontra-se na Via Cova, na fachada de uma casa, que foi mandada construir pelo Pe. Dr.André Teixeira Borges, em 1688, e da qual só existem véstígios do frontão. Foi cónego na Sé de Faro e Beneficiado de Santa Maria de Silves. Este brazão (se é que se poderá  assim chamar), pertence à heráldica eclesiástica, e à categoria das dignidades eclesiásticas. Estas armas eram as de sua familia ou as dos seus apelidos. Há diferenças conforme a categoria  e, e neste caso, os atributos de vigário são um chapéu eclesiástico, do qual pendem dois cordões, cada um com duas borlas. Ao lado destas armas figura a seguinte descrição:

O DOR ANDRE TEIXEIRA BOR

GES CONEGVO DA SE DE FA

RO E BENEFICIADO DE STA

MARIA DE SILVES VIGRº >. 

           Com isto e graças a um filho adoptivo de Mondim de Basto fiquei a saber que a final Vilar de Ferreiros não é assim tão estéril... como dantes se pensava

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publicado às 19:13


O erro é meu, Sr. Liberal !

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 27.02.07

          À cerca de mondinenses notáveis, o autor de "Mondim de Basto - Memórias Históricas" refere-se a um que me despertou particular atenção, pois o cito de modo errado quando também a ele faço alusão na monografia que em 2000 editei sobre Vilar de Ferreiros. Ora vejamos como Eduardo Teixeira Lopes o apresenta: "Por falar em mondinenses famosos,  figura, num mausoléu do cemitério de Mondim de Basto, o seguinte epitáfio: " Vitorino Teixeira da Costa Liberal, Cavaleiro da Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, nasceu  a 17 de Julho de 1837 e faleceu a 2 de Janeiro de 1883 ".

          Quando a seu tempo me dirigi ao meu saudoso conterrâneo, Padre Manuel António de Morais Miranda no intuito de recolher elementos para a interpretação das armas existentes no cruzeiro e na cadeira paroquial da freguesia de Vilar de Ferreiros recebi entretanto a seguinte resposta:

          < Vilar, 3 - IV- 1967

          Meu caro José Augusto

          Depois de haver lido a tua carta, fiquei-me a pensar quem seriam os tais Pereiras, Silvas, Correias e Frei André do Amaral.

          Aqui junto à residência há uma casa em ruínas, que tem sinais de haver pertencido a gente de algo. Eu entrei lá há bastantes anos e vi pedras muito bem lavradas, lavatórios cavados nas paredes etc.etc.

          Um velho paroquiano meu, lembra-se desta casa ser habitada por umas senhoras distintas e por isso lhe chamavam a casa das Donas. Pertenceu a uma casa Rica, onde havia dois padres, no lugar de Vilar de Viando e era  representante desta casa um tipo político conhecido pelo Sr. Vitorino da Costa Sileval.  Tinha muitas e boas propriedades em Vilarinho, Vilar, Montão e Vilar de Viando. As propriedades daqui pertenceram a D. Florinda  Sileval, mãe do tolo conhecido pelo Trinta (diabos) e casara com o Sr. Feleciano da Costa Ribeiro,  da  Campeã, que muito bem ainda conheci. Há também a casa dos Leites, antiga e mostra serem importantes os seus inquilinos. Esta casa também em ruínas.

          Estes apontamentos servir-te-ão para alguma coisa?

          No caso afirmativo aí te ficam para quebrar a cabeça.

          Esta segunda casa de que te falo pertenceu a um senhor de nome António Augusto Leite Botelho, primo do senhor Cónego da Coligeada de Guimarães, de nome Alberto de Vasconcelos, que se morreu ainda não vai há muito tempo. E aqui tens. Estimo que tenhas saúde bem como o Sr. Doutor a quem respeitosamente  me recomendo. Eu na mesma

          Todo teu

          Abade de Vilar>   - Liberal e não Sileval - o erro é meu, Sr. Liberal !  

      

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publicado às 15:08


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