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É uma freg. muito antiga e cujos limites são anteriores aos da própria Nacionalidade. Para além da ermida de NªSª da Graça é digna duma visita, em Vilar: a igreja paroquial de São Pedro, o brasonado cruzeiro, no adro, e a capela de São SebastiÃ
         Das Pedras Quebradas tenho ainda bem presente, na memória, a minha passagem por lá na altura em que a mina das Mestas estava em exploração. Era criança e o que me ficou na retina e certamente influiu para manter viva a recordação deste facto deve ter a ver com uma série de miniaturas em madeira que, representando figuras e actividades rústicas, a água fazia mover, e a que os miúdos ali, chamavam de cascata. Coisas que não esquecem
         É com agrado que leio na pág. 451 da monografia "Mondim de Basto - memórias históricas", de Eduardo Teixeira Lopes, esta passagem sobre Vilar de Ferreiros: " A freguesia foi concelho medieval que não se manteve, até que foi incorporada no concelho de Mondim de Basto. Em 26 de Setembro de 1895 foi unido ao concelho de Celorico e regressou novamente ao anterior em 13 de Janeiro de 1898.
         Há referência, na freguesia de Vilar de Ferreiros, à existência de seis minas. Uma era de volfrâmio, denominada Ribeiro Soeiro e duas de Volfrâmio e estanho, denominadas Fonte Rosal, cuja concessão era da sociedade Mineira do Monte da Graça, Lda., por alvará de 3 de Junho de 1947, e ainda Mestas de que era concessionária a Sociedade Mineira das Mestas,Lda."Â
          Não vou deter-me a comentar a descrição histórica, mas apenas lembrar que já em tempos idos procurei averiguar onde se situavam quer o Ribeiro Soeiro, quer a Fonte Rosal, e o resultado foi nulo. Ninguém meu conterrâneo me soube dizer. Não me admira por isso que também daqui a pouco ninguém saiba onde se situam as Pedras Quebradas. O minério deixou de se explorar e as cabras por falta de pastores também já deixaram há muito de rapar nos nossos montes.
          Pedras Quebradas é  o nome de um lugarejo da freguesia de Vilar de Ferreiros, que nos montes da Pedreira, entre a Bouça do Pisca e a foz do Cabrão, se situa sobreposto ao caminho de Vilar para Vila Chã e Covas. Tornou-se mais divulgado em meados do séc. XX, na década de 40, quando à data a Sociedade Mineira das Mestas, Lda, com alvará de 15 de Março de 1947, ali manteve uma exploração de  estanho e volfrâmio.Â
         Como não é lugar de passagem obrigatória, só quem é da freguesia ou no "tempo do minério" andou por aquelas bandas, conhece o sÃtio ou pelo menos o topónimo. E não é de agora, já em registo bastante antigo dos lugarejos da freguesia, não consta o das Pedras Quebradas, como se pode verificar: "Alto do Monte Farinha, Aveleda, Bairro de Além, Bairro Novo, Baldieira , Borralheiros, Bouça, Cabaninhas, Cabo do Mundo, Casais, Fontela, Fundo de Vila, Lameirão, Lijo, Lombeiro, Poça de Sargacedo, Portela, Outeiro, Outeiro de  Vila, Sernado, Souto, Torrão, Veiga". Seria muito fastidioso enumerar toda a micro-toponÃmia relacionada com cada um dos lugares referenciados: "Vilar de Ferreiros, propriamente dito, Vilarinho, Cainha, Covas, Vila Chã (parte), Bezerral, Campos (parte) e Pedreira".Â
         Além do mais aqui fica também indicado um sÃtio e um caminho de acesso à antiga mina das Mestas,  para ser redescoberto em passeios pedestres pelos turistas amantes da natureza que nos visitem.
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