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É uma freg. muito antiga e cujos limites são anteriores aos da própria Nacionalidade. Para além da ermida de NªSª da Graça é digna duma visita, em Vilar: a igreja paroquial de São Pedro, o brasonado cruzeiro, no adro, e a capela de São Sebasti
No próximo domingo, além do acto eleitoral que em todo o País vai decorrer para as Presidenciais, em Vilar de Ferreiros vai haver ao mesmo tempo a tradicional festa de São Sebastião que tem na bênção do pão o seu quê de curioso e muito original.
Do festejado, adianta a Enciclopédia Livre Wikipédia: " São Sebastião (França, 256 d.C. - 286 d.C.) originário de Narbonne e cidade de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima".
Com uma rica capela de alpendre e adro miradouro sobre a Ribeira Velha, este santo que canonicamente a Igreja festeja a 20 de Janeiro, goza de especial devoção por parte dos fieis cristãos de São Pedro de Vilar de Ferreiros, sendo disso testemunho a tradicional festa que no seu dia, ou no domingo mais próximo, fazem todos os anos em sua honra. Evento que, como foi dito, este ano é festejado no próximo domingo dia 23, com o seguinte programa: Ás 09h30, Missa festiva, presidida pelo pároco, Sr. Padre Correia Guedes, que será coadjuvado por um seu dilecto conterrâneo, natural de Torgueda-Vila Real, que se Deus quiser em breve será também sacerdote, o diácono Hélder Libório, a quem caberá fazer o sermão da festa. Finda a Eucarístia que é precedida da bênção do pão, tem inicio a procissão à volta de Vilar com o andor do Santo para no regresso se assistir ao leilão das ofertas e do pão benzido.
A história do pão benzido tem a ver com a fornada que certas pessoas piedosas cozem para ofertar na festa de São Sebastião. O pão é levado em cestos até ao alpendre da capela, onde antes do inicio da missa é benzido pelo sacerdote. Para depois com outras ofertas ser ali disputado no fim da procissão em renhido leilão. Vale a pena lá ir ver, mas não se esqueçam que também é dia de votar
Foi há 25 anos que para assinalar a entrada do "padre novo", Sr. Padre Guedes, na freguesia de Vilar de Ferreiros, a 12 de Janeiro de 1961, fiz parte de uma representação de paroquianos da diáspora que em cerimónia muito simples, mas sentida, quiseram agradecer ao zeloso sacerdote o trabalho até então já manifestamente demonstrado em prol da paróquia e freguesia de Vilar de Ferreiros. À iniciativa juntou-se nessa ocasião a Junta de Freguesia, na pessoa do então presidente, Sr. Vitorino Carvalho Minhoto que não obstante o relacionamento com a organização não fosse o melhor, de pronto se associou e colaborou generosamente em nome particular e no da respectiva Junta. Justiça lhe seja feita.
Desde aquela data, Janeiro de 1986, mais 25 anos se passaram, e como então o alerta foi dado. E ao que sei a máquina, se emperrada ou não, ainda mexeu... Dei o mote, e atempadamente noticiei,neste blog, que Vilar de Ferreiros e todo o concelho de Mondim de Basto contraíram até hoje uma divida de gratidão para com o Sr. Padre Manuel Correia Guedes que não se paga com sorrisos ou bons sentimentos, mas sim ajudando no levar acabo os anseios mais urgentes de quem trabalha para servir e não para ser servido.
Alegando que só passou a ser pároco efectivo de São Pedro de Vilar de Ferreiros após o falecimento do seu antecessor Abade Morais Miranda (a 9 de Janeiro de 1968), e que além disso tinha, ainda há pouco tempo, festejado os seus 50 Anos de Sacerdócio - em 2007-, o Sr. Padre Guedes esquivou-se ao merecido festim que os meus conterrâneos lhe ficam a dever. Que entretanto o recompensem agora com uma participação generosa nas obras de restauro da residência e salão paroquial que bem carecida disso está a terra, são os votos que formulo.
Perante o exposto fiquei sem base legal para ir propositadamente dar um abraço ao amigo que há meio século conquistei e muita amizade lhe devo. Bem gostava que este dia 12 de Janeiro que hoje ocorre tivessem outro molde e trato festivo, mas respeito as decisões superiores. Da minha parte um abraço e um muito obrigado ao pároco e ao amigo pelo trabalho que ao longo destes 50 anos, hoje assinalados, desenvolveu prol da terra onde nasci e tive a dita de conquistar a sua amizade. Bem haja e que Nossa Senhora da Graça o mantenha sempre coberto com seu manto maternal.