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Ser agradecido

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 14.11.10

 

          Parece que foi ontem, mas o facto é que já vai fazer no próximo dia 12 de Janeiro 50 anos que o Sr. Padre Manuel Joaquim Correia Guedes deixou as paróquias de Campanhó e Pardelhas para como coadjutor, com direito a sucessão, do saudoso Padre colado, Abade Manuel António Morais de Miranda, se fixar em São Pedro de Vilar de Ferreiros. Meio século de vida intensa ao serviço da Igreja e em consequência da comunidade vilar- ferreirense. Bem haja  

 

           Recordo-me de tê-lo visitado pouco tempo após a sua chegada a Vilar de Ferreiros, onde já o encontrei ocupado em mandar construir casas para os pobres e  à Cáritas Portuguesa solicitar apoio alimentar para os paroquianos mais carecidos. Nessa altura o forte do bodo era o leite em pó, que ali deu então, muito que falar...Toda a gente na freguesia era muito pobrezinha...Padre (=pai) em todos os momentos, mas  também Homem de barba rija que nunca pactuou com oportunistas e os bem instalados também nunca lhe mereceram outra importância além da que merecem todos os filhos de Deus.

          Sou testemunha do seu empenho em ver a terra dotada com as benfeitorias do progresso que tanto demoraram em ali chegar: estrada, aproveitamento das águas para consumo e  rega de propriedades, telefone, electricidade e escola primária de Vila Chã/Covas são entre outras algumas das conquistas sociais da terra que tiveram o Sr. Padre Guedes como pioneiro a reclama-las. Mas é no santuário de Nossa Senhora da Graça, na obra ali patente e sob sua exemplar administração gerida que estes 50 anos  do Sr. Padre Correia Guedes como pároco de São Pedro de Vilar de Ferreiros mais se vão reflectir e marcar a sua actividade sacerdotal pelas transmontanas terras de Basto.  

           Não foi por acaso que em Janeiro de 1986 um grupo de paroquianos seus residentes em Lisboa foi propositadamente à terra-natal para no preciso dia 12 desse mês e ano dar os parabéns ao Sr. Padre Guedes e agradecer-lhe o muito carinho e zelo, já então revelados, na defesa do património espiritual e cultural da remota freguesia de Vilar de Ferreiros. Foi um convívio tão simples como espontâneo, pois resumiu-se a uma celebração eucarística da parte da manhã, seguida de almoço na residência, para da parte de tarde voltarmos à igreja e rezar o terço. Com pouco se agrada a quem trabalha por amor, como é o caso do Sr. Padre Manuel que na altura das despedidas de regresso a Lisboa ofertou aos presentes uma pagela alusiva ao acontecimento, com esta legenda:" BODAS de PRATA na PARÓQUIA de Vilar de Ferreiros e na Nossa Senhora da Graça. Padre Manuel Joaquim Correia Guedes. 12-01-1961 a 12-01-1986. = O modelo desta vida espiritual e apostólica é a bem-aventurada Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos(.....). Prestem-lhe todos um culto cheio de devoção e confiem à solicitude  materna a própria vida e apostolado = Vaticano II - A.A. 4".  

   

          Do aspecto urbanistico de quando o "Padre Novo"  montou o cavalo que da Porqueira o transportou ao centro da aldeia de Vilar de Ferreiros, hoje quase já só a velha escola do Souto resistiu à mudança...Talvez  porque foi a "universidade" de muitas gerações que após uma penitente 3ª ou 4ª Classe feitas era a vida rude do campo a dar-lhes ocupação, como agora sem qualquer futuro risonho. Hoje o velho pardieiro além de ser  uma representativa... memória do século passado é  também um espelho e uma lição... para as gerações deste inicio do Séc. XXI. Há que aprender a ser agradecido

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