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não à barragem de Fridão

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 16.02.09

 

O Tâmega, em R. de Pena

          Fui ao blog "Serra e Sonho" da ribeira-penense Maria Elísia Ramos pescar esta bela imagem do Rio Sagrado, e colocá-la no cardápio Vilar de Ferreiros para ser apreciada pelos amigos do Tâmega e da riqueza paisagística que o envolve e consequentemente respeita a toda a região de Basto.

          Com a mesma  ameaça feita ao rio Ôlo, de que a sua beleza paisagística corre o risco de ser destruída pelo capricho e arrogância de governantes armados em progressistas, sujeito à morte, o Tâmega que nasce  no Maciço Central galego, perto de Albergaria ( Vilar de Bárrio/ Laza) , entra em  Portugal pela fronteira de Chaves, e desagua no rio Douro, em Entre-os-Rios. Aqui, com a barragem do Torrão, se fez o primeiro atentado ao rio, o que levou que por ocasião da catástrofe da ponte muitos  atribuíssem o desastre às descargas dessa barragem.

         Podia fazer como a maioria dos meus conterrâneos: se concordam, nem precisam de dizer, pois quem maneja os cordelinhos já conta com eles; se discordam,  vale o mesmo  porque não têm opinião nem voto. E como sempre nestes complos a cobardia favorece os piores...

          Já vi, em comentário deixado num dos meus blogs, que o rio Ôlo desta vez fica livre de perigo... Uma boa forma de levar o Zé é esta : dar um chouriço para receber um porco. Neste caso, cederam nas Fisgas... para avançar no Fridão.... Artes desta cambada que travou a barragem de Foz Coa, e agora já o rio Sabor, a dois passos dali, pode ser albufeira na região vinhateira do Alto Douro. Acabaram-se as gravuras.

          Há que repensar a sério. Sabemos que no caso do Fridão só Amarante se mantem em luta e preocupado com a construção, e razão tem, além do impacto ambiental, em  caso de acidente "atendendo à  distância da edificação da barragem com mais de 110 metros de altura (a 6 km de Amarante) , uma onda de cheia mais alta do que a igreja de São Gonçalo demoraria apenas 5 minutos a chegar ao Arquinho". Mas isto ninguém vê.

          Visto o post  "quedas do cabril.." nesta altura já ir com 40 comentários expressos, entendi desviar o tema para aqui, de modo a  evitar fazer concorrência ao participado post Nelson Vilela,  e poder também prestar homenagem a um rio que tem, como eu, um Vilar por terra de origem, embora em vez "de Ferreiros" seja "de Bárrio".

         Meus caros conterrâneos, deixem-se de ilusões aproveitem as potencialidades naturais da terra e deixem-se de destruir o património paisagístico que herdamos do passado. A nossa identidade e riqueza está  na montanha e nos rios e ribeiros que a cruzam, basta só que  haja inteligência e engenho  para saber colher..., porque semeado já está...

          Lembrem-se que pelo facto de tanto Celorico, como Mondim serem menos afectados em termos de perigosidade e área ocupada que Amarante, as graves consequencias ambientais vão ser as mesmas ou piores, pois a albufeira estendesse até Cavez.

          Digam não à barragem de Fridão. 

 

O Ôlo a caminho do Tâmega, em Fridão.  

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publicado às 19:06


13 comentários

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De aquimetem, Falar disto e daquilo a 09.03.2009 às 23:43

Já sim senhora. Um belo artigo que serve para demonstrar os políticos que temos e o interesses que eles nutrem pela nosso património paisagístico , moral e cultural. Cambada de corruptos e ignorantes.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 11.03.2009 às 14:34

Na tua escrita, meu caro,
há muita gente a escrever.
Á água do rio Tâmega
outras águas vão lá ter.

Foi bonito sim senhor,
o discurso que nos fez,
mas só luziu, nada mais,
como da última vez.

Há certa gente de lá
que bem queria fazer
de Trás-os-Montes reserva
para seu verde lazer.

Para o seu ver de lazer,
cada tarde um interstício.
Mas o sol ri-se da gente
entre equinócio e solstício.

Entre equinócio e solstício,
entre solstício e equinócio,
não farás da vida alheia
as escadas do teu ócio.

O moínho abandonado
continua a trabalhar
na memória do salgueiro
onde o podes escutar.

De quem te oprime e reprime
limitas-te a dizer mal.
Arrancas uma silvinha
e deixas o silveiral.

Tão franzino, franzininho,
o teu poema releio,
olhando por ele o Rio,
sem ver nada de permeio.

Quem diz quadras, se diz terra,
põe as palavras no chão.
Um olhar de água é bastante:
umas nascem , outras não.

António Cabral ...Entre quem é!
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De aquimetem, Falar disto e daquilo a 12.03.2009 às 10:23

Poema que só pode ser de uma alma transmontana, como a de António Cabral , pois que nenhuma outra de português sabe tanto amar as suas origens. É por isso também tanto inspira quem com verdade ama terra onde nasceu e a defende. Parabéns a quem assim age. Até meados de Abril, amigos comentadores.

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